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sexta-feira, 6 de abril de 2012

http://beta.parceriaperfeita.com.br/Default_CadastroAfiliado.aspx?IdAfiliadoIndicacao=34046

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Tirando algumas dúvidas sobre HPV

O HPV pode sim provocar lesões do tipo verrugas na região genital. Essas verrugas podem ser tratadas com medicamentos receitados pelo seu médico, mas preferencialmente devem ser tratadas através da cirurgia de alta freqüência ou laser. Após esses procedimentos, é preciso investir na imunidade, pois somente as células de defesa do organismo vão combater o vírus. A paciente é considerada tratada apenas se não apresentar mais as lesões, por isso é muito importante manter um acompanhamento rigoroso no primeiro ano após o tratamento, por meio de exames a cada três meses.
Para que o tratamento seja eficaz, o parceiro sexual deve também ser avaliado e realizar o exame de peniscopia, para detecção de alguma possível lesão.
Outra dúvida levantada é sobre o HPV x gravidez. Lembro que o vírus do HPV não contra-indica, nem dificulta a gravidez. Quando a paciente está grávida ocorre uma diminuição da imunidade, o que pode aumentar a chance de recidiva, por isso ela deve ser monitorada durante a gestação.

ANDREIA CAETANO 
PIUMHI/MG


TPM

Como aliviar a TPM

Especialistas dão dicas de atitudes diárias que podem melhorar sua TPM

TPM



A Tensão Pré-Menstrual, famosa TPM, está presente no cotidiano de muitas mulheres e todas que sofrem com ela, anseiam por acabar com os sintomas que as afligem todo mês.
A TPM nada mais é do que um conjunto de sintomas que se apresenta mensalmente no período que antecede a menstruação. Os sinais mais comuns são a irritabilidade, nervosismo, instabilidade de humor, dor de cabeça, dor nos seios entre outros. No período pode ocorrer também cólica menstrual.
O ciclo menstrual é um processo fisiológico e envolve a liberação e atividade de vários hormônios. Se esta liberação acontecer de forma exagerada pode provocar uma série de sintomas que se manifestam individualmente em cada mulher. A TPM pode atrapalhar a mulher em suas atividades cotidianas e até em sua qualidade de vida.
Para combater a tensão pré-menstrual as mulheres podem adotar várias atitudes simples como uma dieta rica em magnésio (nozes, amêndoas…), cálcio (suco de laranja, peixes…), beber água, evitar sal, refrigerantes, café e fazer exercícios físicos.
Também existem medidas terapêuticas que abordam tratamento com anti-inflamatórios, tranquilizantes ou até mesmo medicamentos que cessam a menstruação e, assim, aliviam os sintomas e ajudam a mulher a levar sua vida sem incômodos.
A boa notícia é que atualmente há vários recursos para que a mulher não sofra mais com esses sintomas. Procure o seu médico e livre-se da TPM de uma vez por todas!

Diminuir a ingestão de gorduras e cafeína, segundo a Dra. Viviane Monteiro, ajudam a controlar a TPM.

Outra aliada para a ginecologista e obstetra é a vitamina E, facilmente encontrada em peixes, nozes e no kiwi.

Aumentar a ingestão de cálcio (em alimentos como o leite, queijo e iogurtes) pode controlar o nervosismo e a irritabilidade, comuns na TPM, segundo a nutróloga Paula Cabral.


 especialista também chama a atenção para a ingestão de vitamina B6, encontrada nas carnes vermelhas, grãos integrais, ervilha e banana.
"Para melhorar a TPM é preciso melhorar a constipação intestinal. Para isso, é indicado água de ameixa, ameixa hidratada ou 2 colheres de azeite em jejum"


Outra dica da nutróloga é melhorar a retenção de líquidos. Para isso ela indica o chá de cavalinha ou alcachofra.

A vontade louca de chocolate é normal! "O agente determinante dessa sensação é a ausência de magnésio nas células. Como o cacau é relativamente rico nesse nutriente, o organismo pede o doce, numa tentativa de reverter o quadro", explica Paula. Uma boa dica é o chocolate amargo, mais concentrado e menos gorduroso.



 magnésio também é encontrado nos cereais integrais, e vegetais folhosos verde escuro. O ácido fólico também é vegetais folhosos verde escuros consumidos cru. "Esses micronutrientes ajudam na transformação do triptofano (que é um aminoácido) do nosso organismo em serotonina"

ANDREIA CAETANO PIUMHI/MG


Corrimento Vaginal

Hoje vamos falar de algo muito comum para as mulheres, o corrimento vaginal. O corrimento vaginal é um fluxo anormal provocado por uma infecção/inflamação da vulva. Vários agentes podem provocar estas inflamações/infecções como a candidíase, trichomonas vaginalis, gardnerella, clamídia, gonococos, entre outros.
Normalmente a secreção vaginal é clara, sem odor e não provoca coceira. A mulher pode observar a modificação desta secreção conforme seu ciclo menstrual. No período de ovulação, por exemplo, a secreção se parece com uma clara de ovo. Já perto da menstruação fica um pouco mais espessa e leitosa. Se mudar de cor, manchar as roupas íntimas, tiver odor diferente ou provocar coceira, passa a ser um corrimento vaginal.
Para o diagnóstico, além do exame clínico, é muito importante a realização de exames complementares como cultura de secreção vaginal para análise do material para determinação do agente causador da infecção e assim possibilitar o tratamento específico do corrimento.
Uma infecção muito comum é a candidíase, que provoca um corrimento branco, granuloso (parecido com leite talhado), vermelhidão na região e coceira. O tratamento da candidíase deve ser feito através do uso de medicamento oral anti-fungíco e creme vaginal. O parceiro também deve ser tratado para evitar uma nova contaminação, o chamado efeito ping-pong.

Veja algumas dicas importantes para se prevenir do corrimento vaginal:

- Não fazer duchas vaginais;
- Não utilizar calças muito apertadas;
- Não utilizar roupas íntimas de lycra.

Saúde em primeiro lugar! Procure sempre o seu médico!



andreia caetano
piumhi/mg

Câncer de Mama – Auto-exame

O câncer da mama é provavelmente a doença maligna mais temida pelas mulheres, não só devido à sua incidência e mortalidade, mas, sobretudo, pelos efeitos psicológicos que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal das mulheres. Relativamente raro em mulheres com menos de 35 anos de idade, o câncer de mama apresenta aumento rápido e progressivo de sua incidência com o aumento da faixa etária.
O principal sintoma do câncer de mama, já localmente detectável ao exame físico, inclui o aparecimento de nódulo ou caroço no seio. Esse sintoma pode vir acompanhado ou não de irritação e dor local, retração ou espessamento da pele e do mamilo e sangramento pelo bico do seio. Quando diagnosticado precocemente, o câncer pode ser curado e ainda permite a utilização de tratamentos conservadores com reduzido impacto estético na mama afetada.
As formas mais eficazes para a detecção precoce do câncer da mama incluem exames clínicos e mamográficos periódicos e o auto-exame das mamas, um procedimento simples que pode salvar vidas. Mesmo sabendo que a maioria dos nódulos descobertos é de natureza benigna, todos necessitam de avaliação médica.
O auto-exame deve ser realizado uma vez por mês sendo que a melhor época para a sua realização é uma semana após a menstruação. Para as mulheres que não mais menstruam, o auto-exame pode ser realizado em um mesmo dia do mês de livre escolha.
Principais etapas:



1. Na frente do espelho
Fique de frente para o espelho com os braços ao longo do corpo. Olhe para as suas mamas e procure por caroços, depressões, formas anormais ou quaisquer outras alterações de aparência.
Repita os procedimentos com os braços elevados acima da cabeça e também com as mãos nos quadris, com seus músculos peitorais esticados.
Finalmente, incline-se e observe mais uma vez se há alterações nas suas mamas.

2. Deitada
Deite-se de barriga para cima, em uma posição confortável e coloque um travesseiro em baixo do seu ombro esquerdo.
Examine toda a sua mama esquerda com sua mão direita, usando um dos movimentos a seguir:
1. Mantenha os dedos esticados em cima do seu seio e pressione firmemente de modo delicado, médio e forte.
2. Faça movimentos circulares menores e maiores, repita em movimentos zig-zag e também de dentro para fora. (repetir o procedimento para a mama direita, mudando o travesseiro e usando a mão direita)

3. No chuveiro
Este é um bom momento para examinar suas mamas. Verifique se há caroços ou endurecimento nas mamas e axilas, deslizando suas mãos sobre a pele molhada. Usar o mesmo procedimento mostrado na etapa 2.
Se observar qualquer secreção saindo do bico da mama durante esses procedimentos, ou em qualquer outra ocasião, avise o seu médico imediatamente.

andreia caetano
piumhi/mg

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

benefícios da musculação

BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO

*Após o exercício aeróbio nosso organismo leva cerca de 1 hora para voltar ao normal, onde eliminamos entre 10 e 15 calorias. Quem faz musculação tem o metabolismo 12% mais acelerado no pós-treino e até 15 horas depois esta taxa continua 7% mais alta.


*a musculação aumenta a massa magra. Esta massa magra acelera o metabolismo de 17 a 25 vezes mais do que a massa de gordura. Assim sendo, quanto maior a massa muscular, mais acelerado será o seu metabolismo e o seu gasto calórico.


*1 kg a mais de músculos (que não é muito fácil de conseguir) consome 15 kcal extras por dia. A longo prazo (mais ou menos 10 meses) se você conseguir ganhar 2kg de músculos, poderá perder 9000 calorias. Você poderá eliminar de 2 kg a 3 kg de gordura em 12 semanas, fazendo musculação 3x por semana. É claro que a dieta alimentar também é necessária, tornando o resultado mais rápido.

Sem dúvida, o melhor que se tem a fazer é associar a dieta aos exercícios aeróbios, a musculação e aos alongamentos, num programa adequado as suas necessidades, biótipo e condicionamento físico, tornando indispensável uma avaliação e acompanhamento de profissionais como nutricionistas, professores de educação física e médicos.
Por:
Valéria Alvin Igayara de Souza
CREF 7075/ GSP - Especialista em treinamento.
Treinar demais pode prejudicar a saúde
ANDREIA CAETANO
PIUMHI/MG

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Musculaçao Feminina-corpo em forma

A musculaçao feminina já faz parte de muitas mulheres que quer manter o corpo em forma e deixar os contornos do corpo mais definidos .Hoje muitas mulheres frequentam aulas de musculaçao todos os dias ,
musculaçao feminina requer muito força de vontade e determinaçao .As mulheres que fazem musculaçao garante que o corpo fica mais definido principalmete abdomen ,pernas,gluteo,tudo que as mulheres mais sonham ,mais é importante saber que aumentando com o tempo ,antes das aulas deve ter uma preparaçao fisica para aguentar as aulas que requer muita resistencia .Muitas atrizes fazem musculaçao para manter o corpo sempre em forma .A musculaçao faz com que você ganhe massa muscular ,mas tudo depende do que você quer ,muita gente pensa que musculaçao feminina é para mulher ficar musculosa ,pelo contrário cada pessoa escolhe como quer ficar ,hoje existe mulheres que participa de fisioculturismo que é uma competiçao de mulheres que tem os músculos mais definidos, estás mulheres sim fazem musculaçao mais puxada para entrar em competiçoes ,se você pretende fazer musculação para manter o corpo em forma ,procure uma academia e converse o que você pretende com a musculação eles te indicarão o que você deve fazer.
Musculaçao feminina é saúde pratique e verá a diferEnça na sua vida e no seu corpo.


ANDREIA CAETANO
PIUMHI/MG
BRASIL

Caminhadas curtas podem reduzir consumo de chocolate pela metade




Segundo um estudo recente, uma caminhada de 15 minutos pode cortar o consumo de chocolate no trabalho pela metade.
Foi descoberto que, mesmo em situações estressantes, os trabalhadores comem apenas a metade do chocolate que normalmente comeriam após uma breve explosão de atividade física. A pesquisa sugere que pausas curtas longe das mesas de trabalho podem ajudar a manter as mentes dos funcionários longe da comida.
No estudo, 78 comedores regulares de chocolate foram convidados a entrar em um ambiente de trabalho simulado, depois de dois dias de abstinência de chocolate.
Dois grupos foram convidados a fazer uma caminhada rápida de 15 minutos em uma esteira para, em seguir, completar um trabalho em uma mesa. Um grupo recebeu uma tarefa fácil, de baixa tensão, enquanto o outro foi convidado a completar um trabalho mais exigente.
Outros dois grupos foram convidados a fazer um descanso antes de completar as mesmas tarefas que os dois primeiros grupos.
Mais uma vez, metade recebeu uma tarefa mais fácil, e o restante uma mais desafiadora. Chocolate estava disponível em uma tigela sobre a mesa para todos os participantes.
Aqueles que haviam se exercitado antes de trabalhar consumiram, em média, metade da quantidade de chocolate que os outros: cerca de 15 gramas, em comparação com 28 gramas no segundo grupo. 15 gramas é equivalente a um chocolate pequeno.
A dificuldade da tarefa não fez diferença para a quantidade de chocolate que eles comeram, o que sugere que o estresse não contribui para o desejo por doces.
“Sabemos que lanchar alimentos altamente calóricos como chocolate no trabalho pode se tornar um hábito e levar a ganho de peso ao longo do tempo. Às vezes as pessoas acham que esses lanches lhes dão um impulso energético, ou ajudam a lidar com o estresse, incluindo tédio. Elas acham difícil reduzir seus deleites diários, mas este estudo mostra que, ao fazer um curto passeio, elas são capazes de regular sua ingestão pela metade”, explica o líder da pesquisa, Adrian Taylor.
O exercício tem benefícios significativos para o humor e níveis de energia e tem um potencial para o gerenciamento de dependências. Agora, foi provado que ele também pode reduzir o desejo pelo chocolate, o que certamente é uma vantagem.[ScienceDaily]

ANDREIA CAETANO 
PIUMHI/MG
BRASIL

Frutas e vegetais diminuem risco de derrame em mulheres

Frutas e vegetais diminuem risco de derrame em mulheres


Uma nova pesquisa oferece mais uma razão para comer frutas e vegetais: segundo os cientistas, uma dieta rica em antioxidantes de vegetais, frutas e grãos pode reduzir o risco de derrame entre as mulheres.
Os pesquisadores analisaram a saúde de 36.715 mulheres, com idades entre 49 a 83 anos, por cerca de uma década. No início do estudo, 31.035 das participantes não tinham doenças cardíacas, enquanto 5.680 tinham um histórico de doença cardíaca.
As participantes preencheram questionários, e os pesquisadores usaram os dados dietéticos e um banco de dados padrão para determinar a ingestão total de antioxidantes das participantes.
Os pesquisadores descobriram que entre as mulheres sem história de doença cardiovascular, as que ingeriram maior quantidade de antioxidantes em suas dietas (vindos principalmente de frutas e vegetais) tiveram um risco 17% menor de derrame.
E entre as mulheres que tinham uma história de doença cardiovascular, aquelas cuja dieta incluía um alto nível de antioxidantes tiveram 46% a 57% menos risco de derrame hemorrágico.
Antioxidantes como as vitaminas C e E, carotenoides e flavonoides podem combater os efeitos dos radicais livres, que são moléculas que podem causar danos aos tecidos. Portanto, os antioxidantes podem ajudar a reduzir pressão arterial, coagulação do sangue e inflamação no corpo.
Os pesquisadores observaram que outros fatores da saúde podem ter desempenhado um papel importante na diminuição das taxas de derrame entre as participantes.
“Mulheres com alta ingestão de antioxidantes podem ser mais conscientes de sua saúde, e ter o tipo de comportamento saudável que pode ter influenciado os resultados”, disseram os cientistas.
No entanto, a descoberta de que mulheres com quantidades elevadas de antioxidantes tinham menor risco de derrame se manteve mesmo depois dos pesquisadores ajustarem os resultados para comportamentos relacionados à saúde como atividade física, tabagismo e educação.[LiveScience]

ANDREIA CAETANO 
PIUMHI/MG  BRASIL

pentagrama 5 elementos

pentagrama

Eu costumo usar um pentagrama no pescoço como proteção espiritual e bom-hábito, mas, há quem diga que isso é coisa do demônio e que tenho de tirar isso do pescoço e ler a Biblia ! :s
Ora bolas, mas, ler a biblia não vai me livrar do demônio, nem tirar o pentagrama do pescoço me fará ser mais 'do bem'.
Poucos sabem o que realmente significa um pentagrama, e a maioria taxa como sendo do mal sem ao menos ter estudado sobre o assunto, então mãos à obra.

Na Mitologia Romana o símbolo da deusa Vênus foi associado a diversas divindades e cultuado por diversas culturas. O símbolo é encontrado na natureza, como a forma que o planeta Vênus faz durante a aparente retroação de sua órbita. se você observar o planeta Vênus durante oito anos, verá que ele faz no céu a forma de um pentagrama.
O pentagrama trata-se de um dos símbolos pagãos mais utilizados na magia cerimonial pois representa os quatro elementos (água, terra, fogo e ar) coordenados pelo espírito, sendo considerado um talismã muito eficiente; possui simbologia múltipla, sempre fundamentada no número cinco, que expressa a união dos desiguais. Representa uma união fecunda, o casamento, a realização, unindo o masculino,o 3, e o feminino, o 2.
Ao longo do tempo o Pentagrama foi usado por diversos estudiosos e filósofos como Pitágoras que usou o pentagrama como símbolo da primeira faculdade no mundo dos homens, a Escola Pitagórica.

domingo, 1 de maio de 2011

primeiros socorros


Noções de Primeiros Socorros

 
 


Neste trabalho pretendo esclarecer e irei apresentar noções de primeiros socorros, as quais devem ser feitas mesmo por pessoas leigas, até que seja possível uma assistência médica efetiva. Evidentemente, estes socorros limitam-se a medidas mínimas que proporcionam à vítima, rapidamente, uma situação que possa livrá-la de um agravamento do seu estado ou mesmo da morte imediata, por asfixia, hemorragia ou choque.
Primeiros Socorros também pode ser definido por medidas que se aplicam imediatamente ao acidentado, enquanto se aguarda assistência médica. Devem limitar-se a providências mínimas, que não prejudiquem a vítima e a coloquem em situação de não sucumbir à asfixia, hemorragia ou choque. Tais medidas se resumem em: retirar a vítima do local; mantê-la em posição adequada, de preferência em decúbito dorsal; identificar as lesões; adotar medidas de urgência; e transportar o paciente, se houver condições para isso.
A fonte utilizada para fazer este trabalho foi a enciclopédia Barsa.

 Everton Herzer




  1. Noções de Primeiros Socorros
  2. Procura-se diminuir os ferimentos do ferido e, sobretudo, impedir a sua morte imediata. Evidentemente, o primeiro socorro, que pode ser feito mesmo por uma pessoa leiga, servirá para que o acidentado aguarde a chegada do médico, ou seja, transportado para o hospital mais próximo. Para que alguém se torne útil num socorro urgente, deve ter algumas noções sobre a natureza da lesão e como proceder no caso.
    1. Natureza da Lesão
    2. Inicialmente, cumpre saber que se dá o nome de traumatismo a toda lesão produzida no indivíduo por um agente mecânico (martelo, faca, projétil), físico (eletricidade, calor, irradiação atômica), químico (ácido fênico, potassa cáustica) ou, ainda, biológico (picada de animal venenoso). De acordo com essa classificação, devem-se considerar alguns tipos de lesões (e suas conseqüências imediatas) a requerer socorro urgente.
      1. Contusão: É o traumatismo produzido por uma lesão, que tanto poderá traduzir-se por uma mancha escura (equimose) como por um tumor de sangue (hematoma); este, quando se localiza na cabeça, é denominado, vulgarmente, 'galo'. As contusões são dolorosas e não se acompanham de solução de continuidade da pele. A parte contundida deve ficar em repouso sob a ação da bolsa de gelo nas primeiras horas e do banho de luz nos dias subseqüentes.
      2. Ferida: É o traumatismo produzido por um corte sobre a superfície do corpo. Corte ou ferida pode ser superficial, afetando apenas a epiderme (escoriação ou arranhadura), ou profundo, provocando hemorragia às vezes mortal. Sendo o ferimento produzido por um punhal, canivete ou projétil, os órgãos profundos, como o coração, podem ser atingidos, causando a morte. As feridas podem ser ainda punctiformes (espetadela de prego), lineares (navalha), irregulares (ferida do couro cabeludo, por queda). Não se deve esquecer que um pequeno ferimento produzido nos dedos ou na mão pode acarretar paralisias definitivas em virtude de serem aí muitos superficiais os tendões e os nervos. Além disso, as feridas podem contaminar-se facilmente, dando lugar a uma infecção purulenta, com febre e formação de íngua. As feridas poluídas de terra, fragmentos de roupa etc., estão sujeitas a infecção, inclusive tetânica. Numa emergência, deve-se proteger uma ferida com um curativo qualquer e procurar sustar a hemorragia.
      3. Ferida Venenosa: É aquela produzida por um agente vulnerante envenenado (mordedura de cobras, picada de escorpião, flechas), que inocula veneno ou peçonha nos tecidos, acarretando reação inflamatória local ou envenenamento freqüentemente mortal do indivíduo. O tratamento resume-se em colocar um garrote acima da lesão, extrair o veneno por sucção, retirar o ferrão no caso de inseto, aplicar soro antivenenoso quando indicado, soltar o garrote aos poucos e fazer um curativo local com antisséptico e gaze esterilizada.
      4. Esmagamento: É uma lesão grave, que afeta os membros. Ocorre nos desastres de trem, atropelamentos por veículos pesados, desmoronamentos etc. O membro atingido sofre verdadeiro trituramento, com fratura exposta, hemorragia e estado de choque da vítima, que necessitará de socorro imediato para não sucumbir por anemia aguda ou choque. Quando o movimento tem de ser destacado do corpo, a operação recebe o nome de amputação traumática. Há também os pequenos esmagamentos, afetando dedos, mão, e cuja repercussão sobre o estado geral é bem menor. Resistindo a vítima à anemia aguda e ao choque, poderá estar ainda sujeita à infecção, especialmente gangrenosa e tetânica.
      5. Choque: É um estado depressivo decorrente de um traumatismo violento, hemorragia acentuada ou queimadura generalizada. Pode também ocorrer em pequenos ferimentos, como os que penetram o tórax. Caracteriza-se pelos seguintes sintomas: palidez da face, com lábios arroxeados ou descorados, se há hemorragia; pele fria, principalmente nas mãos e nos pés; suores frios e viscosos na face e no tronco; prostração acentuada e voz fraca; falta de ar, respiração rápida e ansiedade; pulso fraco e rápido; sede, sobretudo se há hemorragia; consciência presente, embora diminuída. Como primeiro socorro, precisa-se deitar o paciente em posição horizontal e, havendo hemorragia, elevar os membros e estancar o sangue, aquecendo-se o corpo moderadamente, por meio de cobertores.
      6. Hemorragia: É a perda sangüínea através de um ferimento ou pelos orifícios naturais, como as narinas. Quando a hemorragia ultrapassa 500g no adulto, ocorre a anemia aguda, cujos sintomas se assemelham aos do choque (palidez, sede, escurecimento da vista, pulso fraco, descoramento dos lábios, falta de ar e desmaios). A hemorragia venosa caracteriza-se por sangue escuro, jato lento e contínuo (combate-se pela compressão local e não pelo garrote). A hemorragia arterial se distingue pelo sangue vermelho rutilante em jato forte e intermitente (combate-se pela compressão local, quando pequena, e pelo garrote, quando grande). O paciente, em caso de anemia aguda, deve ser tratado como no caso do chocado, requerendo ainda transfusões de sangue, quando sob cuidados médicos.
      7. Queimadura: É toda lesão produzida pelo calor sobre a superfície do corpo, em graus maiores ou menores de extensão (queimadura localizada ou generalizada) ou de profundidade (1º, 2º, e 3º graus). Consideram-se ainda queimaduras as lesões produzidas por substância cáustica (ácido fênico), pela eletricidade (queimadura elétrica), pela explosão atômica e pelo frio. As diversas formas de calor (chama, explosão, vapor das caldeiras, líquidos ferventes) são, na verdade, as causas principais das queimaduras. São particularmente graves nas crianças e na forma generalizada. Assim, a mortalidade é de 9% nas queimaduras da cabeça e membros superiores; 18% na face posterior ou anterior do tronco, e 18% nos membros inferiores. Como foi dito, classificam-se as queimaduras em três graus: 1º grau, ou eritema, em que a pele fica vermelha e com ardor (queimadura pelo sol); 2º grau ou flictema, com formação de bolhas, contendo um líquido gelatinoso e amarelado. Costuma também ser dolorosa, podendo infectar-se quando se rompe a bolha; e do 3º grau, ou escara, em que se verifica a mortificação da pele e tecidos subjacentes, transformando-se, mais tarde, numa ulceração sangrante, que se transforma em grande cicatriz. Quando às queimaduras pequenas, basta untá-las com vaselina ou pomadas antissépticas, mas, quando ocorrem as queimaduras extensas, o primeiro socorro deve dirigir-se para o estado geral contra o choque, em geral iminente.
      8. Distorção: Decorre de um movimento violento e exagerado de uma articulação, como o tornozelo. Não deve ser confundida com a luxação, em que a extremidade do osso se afasta de seu lugar. É uma lesão benigna, embora muito dolorosa, acompanhando-se de inchação da junta e impossibilidade de movimento. A imobilização deve ser primeiro socorro, podendo empregar-se também bolsa de gelo, nas primeiras horas.
      9. Luxação: Caracteriza-se pela saída da extremidade óssea, que forma uma articulação, mantendo-se fora do lugar em caráter permanente. Em certos casos a luxação se repete a um simples movimento (luxação reincidente). As luxações mais comuns são as da mandíbula e do ombro. O primeiro socorro consiste no repouso e imobilização da parte afetada.
      10. Fratura: É toda solução de continuidade súbita e violenta de um osso. A fratura pode ser fechada quando não houver rompimento da pele, ou aberta (fratura exposta) quando a pele sofre solução de continuidade no local da lesão óssea. As fraturas são mais comuns ao nível dos membros, podendo ser únicas ou múltiplas. Na primeira infância, é freqüente a fratura da clavícula. Como causas de fraturas citam-se, principalmente, as quedas e os atropelamentos. Localizações principais: (a) fratura dos membros, as mais comuns, tornando-se mais graves e de delicado tratamento quanto mais próximas do tronco; (b) fratura da bacia, em geral grave, acompanhando-se de choque e podendo acarretar lesões da bexiga e do reto, com hemorragia interna; (c) fratura do crânio, das mais graves, por afetar o encéfalo, protegido por aquele; as lesões cerebrais seriam responsáveis pelo choque, paralisia dos membros, coma e morte do paciente. A fratura do crânio é uma ocorrência mais comum nas grandes cidades, devido aos acidentes automobilísticos, e apresenta maior índice de mortalidade em relação às demais. O primeiro socorro precisa vir através de aparelho respiratório, pois os pacientes podem sucumbir por asfixia. Deve-se lateralizar a cabeça, limpar-lhe a boca com o dedo protegido por um lenço e vigiar a respiração. Não se deve esquecer que o choque pode também ocorrer, merecendo os devidos cuidados; (d) fratura da coluna: ocorre, em geral, nas quedas, atropelamentos e nos mergulhos em local raso, sendo tanto mais grave o prognóstico quanto mais alta a fratura; suspeita-se desta fratura, quando o paciente, depois de acidentado, apresenta-se com os membros inferiores paralisados e dormentes; as fraturas do pescoço são quase sempre fatais. Faz-se necessário um cuidado especial no sentido de não praticar manobras que possam agravar a lesão da medula; coloca-se o paciente estendido no solo em posição horizontal, com o ventre para cima; o choque também pode ocorrer numa fratura dessas.
      11. Irradiação Atômica: As explosões atômicas determinam dois tipos de lesões. A primeira, imediata, provocada pela ação calórica desenvolvida, e a segunda, de ação progressiva, determinada pela radioatividade. Nos pacientes atingidos, o primeiro socorro deve ser o da sua remoção do local, combate ao choque e tratamento das queimaduras quase sempre generalizadas. Não se pode ignorar o perigo que existe em lidar com tais enfermos, no que se refere à radioatividade.
    3. Primeiros Socorros
      1. Retirada do Local: O paciente pode ficar preso às ferragens de um veículo, escombros de um desabamento ou desacordado pela fumaça de um incêndio. Sua remoção imediata é, então, necessária. Assim procedendo, evita-se a sua morte, o que justifica processo de remoção até certo ponto perigoso mas indispensável. O socorrista deve conduzir-se com prudência e serenidade, embora, em certas ocasiões, a retirada do paciente deve ser a mais rápida possível. Em certas circunstâncias, será necessário recorrer ao Corpo de Bombeiros e a operários especializados, a fim de libertar a vítima. Enquanto se espeta esse socorro, deve-se tranqüilizar a vítima, procurando estancar a hemorragia, se a houver, e recorrer a medidas que facilitem a respiração, já que em certas circunstâncias pode ser precário o teor de oxigênio da atmosfera local. Isso é muito importante para a sobrevivência do paciente.
      2. Posição do Acidentado: O decúbito dorsal, com o corpo estendido horizontalmente, é a posição mais aconselhável. A posição sentada favorece o desmaio e o choque, fato nem sempre do conhecimento do leigo. Quando a vítima está inconsciente, é preciso colocá-la de lado, ou apenas com a cabaça lateralizada, para que possa respirar melhor e não sofra asfixia no decurso do vômito. Havendo fratura da mandíbula e lesões da boca, é preferível colocar o paciente em decúbito ventral. Somente os portadores de lesões do tórax, dos membros superiores e da face, desde que não sofram desmaios.
      3. Identificação das Lesões: Estando o paciente em local adequado, deve-se, imediatamente, identificar certas lesões mais sérias, como ferimentos que sangram, fratura do crânio, choque, anemia aguda ou asfixia, capazes de vitimar o paciente, se algo de imediato não for feito. Eis a orientação que se deve dar ao diagnóstico dessas lesões: (a) hemorragia, que se denuncia nas próprias vestes pelas manchas de sangue; basta, então, rasgar a fazenda no local suspeito, para que se localize o ferimento; (b) fratura do crânio, cujo diagnóstico deverá ser levantado quando o indivíduo, vítima de um acidente, permanece desacordado e, sobre tudo, se ele sangra pelo ouvido ou pelo nariz; (c) fratura de membros, posta em evidência pela deformação local, dificuldade de movimentos e dor ao menor toque da lesão; (d) fratura da coluna vertebral, quando o paciente apresenta paralisia de ambos os membros inferiores que permanecem dormentes, indolores mas sem movimentos; (e) choque e anemia aguda, com o paciente pálido, pulso fraco, sede intensa, vista escura, suores frios e ansiedade com falta de ar; (f) luxação, tornando-se o membro incapaz de movimentos, doloroso e deformado ao nível da junta; (g) distorção, com dificuldade de movimento na articulação afetada, apresentando-se este bastante dolorosa e inchada; (h) queimadura, fácil de diagnóstico pela maneira que se produziu; resta verificar a sua extensão e gravidade, o que pode ser orientado pela queimadura das peças do vestuário que ficam carbonizadas em contato com o tegumento; no caso de queimadura generalizada, suspeitar, logo, de um estado de choque e não esquecer da alta gravidade nas crianças; (i) asfixia, que pode ocorrer nos traumatismos do tórax, de crânio, queimaduras generalizadas e traumatismo da face. Identifica-se esta condição pela coloração arroxeada da face (cianose), a dificuldade de respirar e de consciência que logo se instala.
    4. Medidas de Emergência
    5. Após a identificação de uma das lesões já focalizadas, pode-se seguir a seguinte orientação:
      1. Estancar a hemorragia (Hemostásia): Quando a hemorragia é pequena ou venenosa, é preferível fazer uma compressão sobre o ferimento, utilizando-se um pedaço de gaze, um lenço bem limpo ou pedaço de algodão; sobre este curativo passa-se uma gaze ou uma tira de pano. Quando, todavia, a hemorragia é abundante ou arterial, começa por improvisar um garrote (tubo de borracha, gravata ou cinto) que será colocado uns quatro dedos transversos acima do ferimento, apertando-se até que a hemorragia cesse. Caso o socorro médico demore, cada meia hora afrouxa-se o garrote por alguns segundos, apertando-o novamente; na hemorragia pelas narinas basta comprimir com o dedo, externamente, a asa do nariz; finalmente, em caso de hemorragia pós-parto ou pós-aborto, deve-se colocar a paciente numa posição de declive, mantendo-se o quadril e os membros inferiores em nível mais elevado. Em casos excepcionais, o ferimento pode estar localizado numa região difícil de se colocar um garrote; procede-se, então, pelo método da compressão ao nível da ferida; pode-se, inclusive, utilizar o dedo ou a mão, num caso de extrema hemorragia.
      2. Combater o choque e a anemia aguda: Começa-se por colocar o paciente, sem travesseiros ou qualquer suporte sob a cabeça, mantendo ou membros inferiores em nível mais elevado; removem-se todas as peças do vestuário que se encontram molhadas, para que não se agrave o resfriamento do enfermo; cobre-se, em seguida, o seu corpo com cobertores ou roupas de que se dispõe no momento, a fim de aquecê-lo. A vítima pode ingerir chá ou café quente se estiver consciente e sem vômitos; ao mesmo tempo, deve-se tranqüilizá-la, prometendo-lhe um socorro médico imediato e dizendo-lhe da vantagem de ficar imóvel. mesmo no caso dos queimados, observa-se um resfriamento das extremidades do paciente, havendo necessidade de usar cobertores sobre o mesmo. Não convém esquecer-se, também, a sobreposição de cobertores do leito; embora o aquecimento do enfermo possa tornar-se perigoso, se provocar sudorese.
      3. Imobilizar as fraturas: O primeiro socorro essencial de um fraturado é a sua imobilização por qualquer meio; podem-se improvisar talas com ripas de madeira, pedaço de papelão, ou, no caso de membro inferior, calha de zinco; nas fraturas de membros superior, as tipóias são mais aconselháveis. Quando o paciente é fraturado de coluna, a imobilização deve cingir-se ao repouso completo numa posição adequada, de preferência o decúbito dorsal com extensão do corpo.
      4. Vigiar a respiração: É muito importante nos traumatizados observar a respiração, principalmente quando eles se encontram inconscientes. A respiração barulhenta, entrecortada ou imperceptível deve despertar no observador a suspeita de dificuldade respiratória, com a possibilidade de asfixia. Começa-se por limpar a boca do paciente de qualquer secreção, sangue ou matéria vomitada, o que se pode fazer entreabrindo a boca da vítima e colocando uma rolha entre a arcada dentária a fim de, com o dedo envolvido em um lenço, proceder a limpeza. Em complemento, ao terminar a limpeza, lateriza-se a cabeça, fecha-se a boca do paciente segurando-lhe a cabeça um pouco para trás. Isso permitirá que a respiração se faça melhor. Havendo parada respiratória, é preciso iniciar, imediatamente, a respiração artificial boca-a-boca ou por compressão ritmada da base do tórax (16 vezes por minuto). Não se deve esquecer que a ventilação do local com ar puro se torna muito importante para qualquer paciente chocado, anemiado ou asfíxico. Os fraturados da mandíbula, com lesões da língua e da boca, deverão ser colocados em decúbito ventral com a cabeça leterizada, para que a respiração se torne possível.
      5. Remoção de corpos estranhos: Os ferimentos que se apresentam inoculados de fragmentos de roupa, pedaços de madeira etc., podem ser lavados com água fervida se o socorro médico vai tardar; no caso, porém, de o corpo estranho estar representado por uma faca ou haste metálica, que se encontra encravada profundamente, é preferível não retirá-lo, pois poderá ocorrer hemorragia mortal. No caso de empalação, deve-se serrar a haste pela sua base e transportar o paciente para o hospital, a fim de que lá seja removido o corpo estranho. Quando o corpo estranho estiver prejudicando a respiração, como no caso dos traumatismos da boca e nariz, cumpre fazer tudo para removê-lo de modo a favorecer a respiração. Não se deve esquecer que os pequenos corpos estranhos (espinhos de roseira, farpas de madeira, espinhos de ouriço-do-mar) podem servir de veículo para o bacilo de tétano, o que poderá ser fatal.
      6. Socorro ao queimado: Faz-se necessário considerar as queimaduras limitadas e as generalizadas. No primeiro caso, o socorro urgente consistirá em proteger a superfície queimada com gaze ou um pano limpo; no segundo caso, o choque deve ser a primeira preocupação. Deve-se pensar nele mesmo antes que se instale, cuidando logo de colocar o paciente em repouso absoluto, protegê-lo contra o resfriamento, fazê-lo ingerir bebidas quentes e tranqüilizá-lo. Nesse último caso, o tratamento local ocupa um segundo plano. Eis um resumo do tratamento local das queimaduras: (a) queimadura do 1º grau: protege-se a superfície queimada com vaselina esterilizada ou pomada analgésica; (b) queimadura do 2º grau: evitar a ruptura das bolhas, fazendo um curativo com gaze esterilizada em que se pode estender uma leve camada de pomada antisséptica ou com antibiótico; a seguir, o curativo precisa ser resguardado com algodão; quando a superfície queimada se acha suja com fragmentos queimados etc., torna-se necessária uma limpeza com sabão líquido ou água morna fervida, utilizando-se, para isto, uma compressa de gaze; enxuga-se em seguida a superfície queimada, fazendo-se um curativo com pomada acima referida; no caso de queimaduras poluídas com resíduos queimados, haverá necessidade de um antibiótico e de soro antitetânico. A renovação do curativo só deve ser feita cinco a sete dias depois, a não ser que haja inflamação, febre e dor; para retirá-lo basta umedecer com soro fisiológico morno ou água morna fervida; (c) queimadura do 3º grau: o tratamento é igual a queimadura do 2º grau; o problema principal é a limpeza da superfície queimada, quando esta se encontra poluída por resíduos carbonizados; neste caso, pode-se empregar sabão líquido e água ou soro fisiológico mornos; (d) recomendações especiais: as queimaduras do rosto e partes genitais devem receber curativos de vaselina esterilizada; as queimaduras de 30% do corpo, sobretudo do tronco, e, principalmente, na criança, estão sujeitas ao choque e mesmo à morte do paciente; exigem, portanto, um tratamento no hospital, de preferência em serviços especializados. As complicações mais terríveis das queimaduras são: inicialmente, o choque; posteriormente, as infecções, inclusive tetânica, a toxemia com graves distúrbios gerais, e, finalmente, as cicatrizes viciosas que deformam o corpo do paciente e provocam aderências.
      7. Socorro aos contaminados por raiva: Os indivíduos com ferimentos produzidos por animais com hidrofobia (cão, gato, morcego etc.) devem Ter seus ferimentos tratados de maneiro já referida no item de feridas; há, todavia, um cuidado especial na maneira de identificar a raiva no animal agressor, como também de orientar i paciente, sem perda de tempo, para que faça o tratamento anti-rábico imediato; a rapidez do mesmo será tanto mais imperiosa quanto maior o número de lesões produzidas e quanto mais próximos da cabeça tais ferimentos.
      8. Socorro ao asfixiado: Em certos tipos de traumatismo como aqueles que atingem a cabeça, a boca, o pescoço, o tórax; os que são produzidos por queimaduras no decurso de um incêndio; os que ocorrem no mar, nos soterramentos etc. poderá haver dificuldade respiratória e o paciente corre mais risco de morrer pela asfixia do que pelas lesões traumáticas. Nesse caso, a identificação da dificuldade respiratória pela respiração barulhenta nos indivíduos inconscientes, pela falta de ar de que se queixam os conscientes, ou ainda, pela cianose acentuada do rosto e dos lábios, servirá de guia para o socorro à vítima. A norma principal é favorecer a passagem do ar através da boca e das narinas; colocar, inicialmente, o paciente em decúbito ventral, com cabeça baixa, desobstruir a boca e as narinas, manter o seu pescoço em linha reta, mediante a projeção do queixo para trás, o que se poderá fazer tracionando a mandíbula com os dedos, como se fora para manter fechada a boca do socorrido; se houver vômitos, vira-se a cabeça da vítima para o lado até que cessem, limpando-lhe a boca em seguida. Não se deve esquecer de colocar o paciente em ambiente de ventilação adequada e ar puro. A parada respiratória requer imediata respiração artificial, contínua e incessante, num ritmo de 16 vezes por minuto, até que chegue o socorro médico, não importando que atinja uma hora ou mais.
      9. Transporte do paciente: Algumas vezes é indispensável transportar a vítima utilizando meios improvisados, a fim de que se beneficie de um socorro médico adequado; em princípio, o leigo não deverá fazer o transporte de qualquer paciente em estado aparentemente grave, enquanto estiver perdendo sangue, enquanto respirando mal, enfim, enquanto duas condições não pareçam satisfatórias. O transporte pode por si só causar a morte de um paciente traumatizado. Tomando em consideração essas observações, devem-se verificar as condições gerais do enfermo, o veículo a ser utilizado, o tempo necessário ao transporte. Havendo meios de comunicação, será útil pedir instruções ao hospital mais próximo. Estabelecida a necessidade do transporte, torna-se necessário observar os seguintes detalhes: (a) remoção do paciente para o veículo, o que deverá ser feito evitando aumentar as lesões existentes, sobretudo no caso de fratura de coluna e de membros; em casos especiais, o transporte pode ser feito por meio de veículos a motor, padiolas e, mais excepcionalmente por avião; (b) veículo utilizado: deve atender, em primeiro lugar, ao conforto do paciente; os caminhões ou caminhonetes prestam-se melhor a esse mister; (c) caminho a percorrer: é desnecessário encarecer a importância do repouso dos traumatizados, evitando abalos durante o transporte; pode ser necessário sustá-lo, caso as condições do enfermo se agravem; (d) acompanhante: a vítima deve ser acompanhada por pessoa esclarecida que lhe possa ser útil durante a viagem; (e) observação: o transporte em avião constitui um dos melhores pela ausência de trepidação e maior rapidez; todavia, a altitude pode ser nociva para pacientes gravemente traumatizados de tórax, sobretudo se estiverem escarrando sangue ou com falta de ar.



andreia caetano piumhi/mg






Fungos
O termo fungo, em sentido lato, designa os talófitos aclorofilados, isto é, as bactérias ou esquizomicófitas, os fungos mucosos, mixomicetes ou mixomicófitas e os fungos verdadeiros, eumicetes ou eumicófitas. A palavra cogumelo, embora por vezes empregada como sinônimo de fungo, se aplica mais comumente aos fungos verdadeiros ou, numa acepção ainda mais restrita, aos representantes comestíveis ou venenosos deste grupo. Como caracteres gerais, comuns aos três grupos, deve-se salientar que são organismos simples, isto é, com o corpo formado tão-somente de um talo uni ou pluricelular, e heterotróficos, ou seja, incapazes de criar a matéria orgânica a partir dos materiais inorgânicos. Dependem assim, para sua nutrição, direta ou indiretamente, de um modo geral, dos alimentos elaborados pelas plantas verdes.
Quando o alimente é obtido pelo ataque a outro ser vivo, ocorre o chamado parasitismo; se retirado de restos animais ou vegetais, dá-se o saprofitismo. As formas parasitas são exigentes quanto à alimentação e meio ambiente, a maioria delas só se podendo multiplicar sobre determinados tipos de seres vivos. O grau de especificidade é, porém, muito variável. Alguns vivem em vários gêneros, outros num só gênero ou numa só espécie. Há ainda os que se desenvolvem apenas numa variedade ou mesmo numa raça de planta ou animal.
Bactérias.
Entre elas figuram os menores organismos vivos conhecidos. Apresentam-se sob três formas principais, redonda (coco), alongada, em bastonete (bacilo) e curva (vibriões e espirilos). Muitos são dotados de flagelos ou de uma parede celular contrátil graças aos quais podem movimentar-se em líquidos ou superfícies úmidas. Existem por toda parte, no solo, no ar, na água, nos alimentos e no corpo humano. Reproduzem-se por divisão celular, que pode ocorrer a cada 20 minutos, em condições ótimas. Assim, em 24 horas, uma só bactéria poderia dar origem a 1,8 x 100 bilhões de indivíduos. Felizmente, as condições apresentadas não conseguem permanecer ótimas por longos períodos, e esse grau acelerado de reprodução não se mantém. Em condições desfavoráveis alguns tipos de bactérias segregam um envoltório protetor resistente, transformando-se em esporos. Estes podem permanecer inativos durante semanas, meses e até anos, recuperando a vitalidade ao serem restabelecidas as condições adequadas.
Há bactérias que causam enfermidades nas plantas, nos animais e no homem. Não obstante, a maioria delas é inofensiva e algumas são úteis, por exemplo, na elaboração do vinagre, do queijo e nos processo de putrefação.
Mixomicetes.
Constituem um grupo peculiar de plantas, diferentes de todas as outras por terem o corpo formado de uma simples massa de protoplasma, mucilaginosa e capaz de se deslocar lentamente sobre o substrato e de englobar partículas sólidas. Crescem sobre a madeira em putrefação e outros objetos úmidos. Ao fim esta massa gelatinosa cessa de deslocar-se e emite numerosos órgãos ou pequenas cápsulas, mais ou menos arredondadas, cheias de esporos. Estes são transportados a grande distância pelo vento, pela água e outros veículos, e vão originar, onde pousam em condições apropriadas, um novo mixomicete. Uns poucos são causadores de doenças superiores. Alguns possuem caracteres peculiares a plantas, outros a animais.
Fungos Verdadeiros.
Os fungos verdadeiros constituem, pela diversidade das formas que englobam, um conjunto bastante complexo e heterogêneo. Reconhece-se a existência de três classes nesse grupo, a saber:
Ficomicetes. Têm o talo unicelular nas formas mais primitivas, e formado de filamentos (chamados hifas) tubulares, multinucleados, não septados, ramificados, nas mais adiantadas. Guardam analogia com as algas verdes com respeito á estrutura e á reprodução. A esta classe pertencem os mofos, como o mofo pão e outros que atacam os tecidos em ambiente úmido, são saprófitos. Alguns são parasitas de plantas. Os mofos produzem tal quantidade de esporos, que sempre existem deles no ar. Como exemplos de ficomicetes, pode-se citar: Plasmodiophora brassicae, causador da 'hérnia da couve'; Rhizopus nigricans, o mofo preto do pão; Saprolegnia, que é um gênero de ficomicetes aquáticos vivendo sobre detritos e peixes; e Empusa muscae, que prolifera sobre as moscas, matando-as à maneira de uma epidemia. A importância desse grupo advém de seu significado econômico, porquanto atacam especialmente, plantas e animais (peixes), causando perda de alimentos e desperdício de esforços. Exemplo significativo da obra destruidora destes fungos é a doença denominada 'podridão' ou 'míldio da batateira', causadora da destruição das plantações de batata na Irlanda, em 1845-46, que matou de fome milhares de pessoas. O agente ocasionador deste míldio é o ficomicete Phytophtora infestans, que passa o inverno nos tubérculos doentes e desenvolve-se na primavera, matando os rebentos. Contribuem, por outro lado, de modo benéfico para os processos de mineralização da matéria orgânica que restituem aos solos substâncias molecularmente pouco complicadas e que ajudam a conservar-lhes a fertilidade.
Ascomicetes. São providos de talo uni ou pluricelular; nesse caso têm filamentos ou hifas septados e geralmente uninucleados por célula. O conjunto das hifas (micélio) pode organizar-se em corpos morfologicamente definidos (ascocarpos) ou crescer de modo indefinido , sob a forma de lanugem. Seu modo de reprodução oferece caracteres de grande valia para a definição do grupo, isto é, a presença de estruturas denominadas ascos, que são como sacos formados na ponta de filamentos micelianos especializados. Em seu interior se formam, de ordinário, oito esporos ou ascóporos.
Os ascomicetes podem ser parasitas e crescer sobre animais e vegetais, causando-lhes variadas enfermidades; ou saprófitos nos solos ricos em matéria orgânica, sobre frutos em decomposição, alimentos, tecidos, etc. Alguns têm importância industrial na fabricação de queijos e nas fermentações ligadas à produção de bebidas alcoólicas, na produção de antibióticos (como a penicilina), em panificação, enquanto outros são comestíveis ou encerram alcalóides usados na medicina. Como exemplos, citem-se as leveduras ou fermentos, diferentes dos outros fungos por seu modo de reprodução por gemulação. No ar, existem normalmente células de levedura em suspensão.
O mofo azul e preto é formado respectivamente de espécies dos gêneros Aspergillus Penicillium A. niger, sendo empregado na produção de ácido cítrico por fermentação. Os queijos Roquefort e Camembert são feitos com a intervenção de espécies dePenicillium denominados respectivamente P. roqueforti P. camemberti. P. notatum é o principal representante dos produtores de antibióticos. Produz a penicilina. Tuber e Morchella se notabilizam pelas espécies comestíveis que englobam. Claviceps purpurea, ou esporão do centeio, do qual se extraem vários alcalóides e preparos de emprego na medicina. Gênero afim de Claviceps é Cordyceps que se desenvolve no interior de insetos e larvas, destruindo seus tecidos, respeitando porém sua forma exterior.
Basidiomicetes. Providos de talo pluricelular formado de hifas septadas. Seu micélio pode Ter crescimento indefinido ou formar, nos tipos mais evoluídos, corpos grutíferos carnosos de estrutura constante. A estrutura reprodutora característica do grupo é o basídio, que é a extremidade de uma hifa dilatada, uni ou pluricelular, e que emite ramificações ou esterigmas, cada uma suportando em sua extremidade um esporo, ou basidiósporo. Estes, contrariamente aos ascóporos, de natureza endógena, são tipicamente exógenos. O grupo tem grande importância econômica. Compreende espécies causadoras de sérias doenças em plantas cultivadas, como sejam as ferrugens e os carvões. Ustilago maydis produz o carvão do milho. Puccinia graminis é a ferrugem do trigo. Os basidiomicetes superiores se separam em dois grupos; de um lado os himenomicetes, com membrana esporófora exposta, e de outro os gasteromicetes, com membrana esporófora inclusa. Entre os primeiros estão os mais importantes fungos comestíveis e venenosos conhecidos. Também aí figuram os fungos destruidores de madeira. Psalliota campestris é o cogumelo de campo, ou cogumelo cultivado (champignon do comércio). Entre os venenosos ou repugnantes ao paladar podem ser citados Amanita phalloides, o mais tóxico de todos, capaz de causar acidentes mortais, Russula emetica, de sabor picante, os Dictyophora, de cheiro e gosto desagradáveis.
São notáveis as associações de fungos com outros vegetais, como sejam as micorrizas, em que o fungo se associa com as raízes de plantas superiores, e os liquens, em que a associação se faz com algas. Como um apêndice aos fungos, é tratado um último grupo, o dos deuteromicetes, entre os quais se encontram os agentes causadores de doenças dos vegetais superiores ou de afecções cutâneas.
Fungos Patogênicos.
Os microfungos, ou cogumelos microscópicos, causam no homem uma série de doenças, chamadas micoses, que ocupam lugar de destaque na patologia tropical. No Brasil há, sobre o assunto, trabalhos importantes, que dizem respeito a diversos ramos da medicina tropical. A maioria dos fungos patogênicos provieram originalmente do solo ou eram parasitas vegetais. Numerosos são também os fungos que produzem doenças em outras culturas, como por exemplo a murcha e a antracnose no algodão; o carvão e a podridão das raízes da cana, a podridão seca e a podridão rosada da espiga do milho, etc.
Vegetais ou Animais?
A planta é uma extraordinária "indústria química": graças à clorofila, é capaz de aproveitar a luz solar para fabricar alimentos, utilizando como matéria prima substâncias simples: água, alguns compostos minerais nela dissolvidos e um gás contido na atmosfera - o anidrito carbônico. A planta clorofilada é, pois, um organismo autotrófico, isto é, que produz seu próprio alimento. Os fungos, ao contrário, não têm clorofila e, para nutrir-se, precisam, como os animais, de substâncias orgânicas originadas de fontes animais ou vegetais. Após anos de pesquisa constatou-se que os fungos acumulam glicogênio, principal forma de armazenamento de carboidratos nos tecidos animais. Quase todos constituem-se de células cujas paredes contêm uma substância semelhante à que participa da formação do esqueleto externo dos insetos (exosqueleto), dos chifres, da pele, das penas, das unhas e de outras partes dos animais. Apesar de serem aclorofilados, de não terem raízes, folhas, flores ou frutos eles se assemelham muito aos vegetais, tanto, que se observarmos, os mecanismos de reprodução dos fungos, vamos perceber que seu comportamento é tipicamente vegetal. Quase sempre os fungos se reproduzem por via vegetativa, ou seja, forma-se um novo fungo a partir de uma gema ou de um fragmento de fungo "pai". Este produz células especiais - esporos - que servem unicamente para a reprodução. Já alguns cientistas preferem classificá-lo num reino independente - Reino Protista -, ao lado das algas, bactérias e protozoários. No entanto, eles não pertencem nem a um nem a outro reino, e sim ao Reino Fungi.
Um Crescimento Oculto e Imprevisível
Se você colher um cogumelo e se detiver a examiná-lo, fique certo de uma coisa: o verdadeiro corpo do vegetal não é o que você tem na mão, mas o que ficou retido no solo. O corpo do fungo, denominado micélio, raramente pode ser visto, pois cresce escondido no solo ou no corpo de um organismo vegetal ou animal, esteja ele vivo ou morto.
O micélio parece um feltro esbranquiçado e, observado ao microscópio, veremos que consiste num entrelaçamento de filamentos delgados - as hifas. Mais final do que um fio de cabelo, as hifas são capazes de absorver a água e as substâncias nela dissolvidas, da maneira como fazem os pêlos absorventes das raízes das plantas mais evoluídas.
Mas a parte do cogumelo que emerge do solo, denominada corpo de frutificação, é formado por inúmeras hifas intimamente entrelaçadas.
A Micorriza
Há muitas espécies de fungo simbiôntico que crescem em estreita associação com raízes de árvores. Em algumas delas, as hifas (que, como vimos, constituem o corpo do fungo e se alojam no solo), ao penetrar no interior das raízes, passam a atuar em substituição aos pêlos radicais na sua função de absorver a água e as substâncias nela dissolvidas. A planta, por sua vez, cede ao fungo parte das substâncias orgânicas que produz, fornecendo-lhe sua parcela de alimento. Essa forma particular de simbiose entre fungo e raiz de planta superior denomina-se micorriza (do grego mykes = fungo; rhiza = raiz). Dentre os fungos comestíveis mais conhecidos, como boletos, amanitas e rússulas, muitos vivem em micorriza com diversas espécies de árvore: pinheiros, abetos, castanheiros, carvalhos, e nogueiras.
Fungos Microscópicos
A maior parte dos fungos não é visível a olho nu. Contam-se milhares as espécies de fungo microscópico, algumas delas bastante conhecidas, como, por exemplo, os mofos, que se desenvolvem principalmente em lugares úmidos e mal ventilados.
Os mofos costumam formar uma espécie de feltro sobre a superfície de frutos e hortaliças ou de objetos deixados em lugares fechados e úmidos.
São fungos microscópicos também os lêvedos, totalmente privados de coloração, conhecidos e utilizados pelo homem desde a mais remota antigüidade.
Particularmente notável é o lêvedo de cerveja, que se acrescenta á massa do pão para fazê-lo crescer, e os lêvedos que provocam a fermentação do mosto da uva, transformando em vinho.
Que são os Cogumelos que Comemos?
Já dissemos que o verdadeiro corpo do fungo sempre está alojado no interior de uma fonte de alimento.
Que seriam então as estruturas tão características que brotam do solo ou do tronco das árvores, que todos chamam de cogumelo?
Observando-se de perto podemos notar que muitos apresentam um "pé" e um "chapéu" se compõe de um conjunto de cavidades que o tornam semelhante a uma esponja.
As lamelas têm por função sustentar milhares de esporos, tão pequenos quanto os grãos de poeira; esses "furinhos" correspondem às aberturas de um número considerável de túbulos forrados de esporos; cada cavidade é revestida de células especiais, que produzem esporos.
Os esporos são importantes porque, se encontram condições adequadas (umidade, calor e oxigênio), podem germinar e originar um novo fungo. Os esporos, portanto, são os corpos que permitem a reprodução e dispersão da espécie. Mas para isso é necessário que aflorem no solo ou no organismo do hospedeiro no qual o micélio (parte filamentosa do talo) do fungo inserido.
Eis por que, em certos períodos do ano brotam do solo formações características de cogumelos em toda a sua diversidade de formas, cores e odores. Essas estruturas, denominadas corpo de frutificação, têm a tarefa de produzir e dispersar os esporos, e muitas delas são comestíveis.
As Trufas
As trufas, usadas em culinária fina, embora à primeira vista possam ser confundidas com tubérculos de batata, são fungos. Em seu interior existem minúsculas e numerosas cavidades contendo grande número de esporos.
Trata-se, pois, de um tipo particular de corpo de frutificação produzido por fungos que vivem em micorriza. Por serem corpos de frutificação subterrâneos, não podem disseminar diretamente os esporos. Dotados, porém, de forte odor, atraem animais de olfato aguçado (cães e porcos, por exemplo), que escavam a terra para comê-los, difundindo os esporos através das fezes.
A Importância dos Fungos
A maior parte dos fungos, assim como as bactérias, desempenho papel de grande importância na economia da natureza. Esses seres, na busca de seu alimento, decompõem o folhelho e as plantas mortas que revestem o solo das regiões florestadas, e degradam os restos de outros organismos. Nesse processo produzem anidrido carbônico, que passa para a atmosfera, e diversas substâncias minerais, que, dissolvidas no solo pela chuva e umidade, constituem alimento para outras plantas.
Os fungos destroem, assim material que, de outra forma, iria acumular-se em quantidades incalculáveis. Eles são, portanto, os laboriosos lixeiros da natureza.
Já vimos que os fungos micorrizais ajudam as raízes de muitas plantas na absorção da água; muitos desses fungos são venenosos, mas não devem, por isso, ser destruídos, pois são úteis nas zonas arborizadas.
Além de úteis para a natureza, os fungos são, como vimos, úteis para o homem. Todos conhecem a penicilina e outros antibióticos. Essas substâncias são produzidas por alguns tipos de mofo (fungo microscópico) e têm a propriedade de destruir bactérias e outros microorganismos causadores de várias moléstias graves.
Isso sem falar dos lêvedos, fungos indispensáveis à produção de pão, vinho e cerveja. E nos fungos comestíveis, que vêm ganhando mercado no Brasil. Algumas espécies, como o agárico-campestre, podem ser cultivadas em qualquer época do ano.
Fungos Saborosos e Fungos Mortais
Do ponto de vista comestível os fungos dividem-se em quatro categorias:
Fungos comestíveis: as numerosas espécies desta categoria são utilizadas pelo homem na sua alimentação e consideradas saborosas e nutritivas.
Fungos não comestíveis: trata-se de espécies não venenosas, porém não comestíveis em virtude da dureza ou do sabor desagradável.
Fungos tóxicos: espécies venenosas, embora não necessariamente mortais.
Fungos mortais: as poucas espécies desta categoria podem causar a morte de quem as ingerir.
Diversas Formas de Viver
Devido às características heterotróficas, os fungos não produzem seu próprio alimento mas dependem, para sua sobrevivência, de substâncias orgânicas provenientes de outros organismos. Mas nem todos se nutrem do mesmo modo.
Fungos saprófitos: a maior parte dos fungos obtém o alimento de que necessita a partir de organismos mortos ou de substâncias orgânicas em decomposição. São os saprófitos (do grego sapros = pútrido; phyton = planta). Uma das espécies mais comuns é o agárico-campestre (Psalliota campestris), freqüentemente cultivado em cavernas, sobre esterco fermentado.
Fungos simbióticos: os fungos, grande parte em sua maioria, vivem em associação com outros organismos vegetais vivos, e cedem a estes uma parte de água que as hifas absorvem, inclusive no estado de vapor.
Os "parceiros" do fungo, por sua vez, o suprem do alimento que estão em condições de produzir.
Muito conhecida é a união entre fungos e algas. O produto dessa estreita associação é um tipo particular de organismo vegetal - os liquens - capaz de viver e desenvolver-se nos ambientes mais inóspitos. A relação de igual para igual, de intercâmbio entre duas formas de vida diferentes, útil para ambas, é denominada simbiose (do grego syn = junto; bios = vida). Os fungos que vivem em simbiose com outros vegetais denominam-se simbiônticos.
Fungos parasitas: os fungos que se desenvolvem à custa de outros organismos, sem que estes obtenham vantagens dessa associação, chamam-se parasitas. No mundo vegetal, o maior número de espécies parasitas encontra-se exatamente entre os fungos e chega a alguns milhares. Se um fungo parasitar o corpo de um organismo vivo, animal ou vegetal, poderá prejudicá-lo seriamente e até provocar a morte.
Entre as doenças vegetais ocasionadas por fungos, cita-se a ferrugem, que, no Brasil, tem sido o flagelo dos cafezais. As micoses que atacam a pele de homens e animais (o pé-de-atleta, por exemplo) são provocados por fungos. O ergotismo é uma doença incurável que afeta pessoas e animais que ingiram cereais infectados pela cravagem do centeio, que é um fungo.


ANDREIA CAETANO  PIUMHI/MG

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