Safado e perigoso
"Namoro há quatro anos e nossa relação é calma demais. Gosto da sensação de perigo. E quem me faz sentir isso é um cliente da empresa em que trabalho. Há três meses, ele me ligou assim que saiu do escritório. Disse que fazia tempo estava de olho em mim e queria me encontrar. Desde então, nos vemos sempre. Ele é casado e sabe que sou comprometida, mas essa situação só esquenta o clima. Adoro me sentir desejada e não resisto a um cara safado!"
LETÍCIA*, 25 ANOS, SOLTEIRA, AUXILIAR DE ESCRITÓRIO, DE SÃO PAULO
Nomes trocados a pedido das entrevistadas
Busca de valorização
"Eu me casei há 14 anos, apaixonada. Nunca desconfiei do meu marido. Quatro anos atrás, descobri que ele me traía. Foi um baque e decidi me separar. Após três meses, meu filho de 7 anos pediu que eu deixasse o pai voltar. Consenti, mas minha autoestima estava abalada e, na mesma época, outro homem se aproximou. Era ótimo me sentir atraente de novo e me deslumbrei. Fiz lipo, plástica e alonguei os cabelos. Mas nossa química não bateu: o beijo e o sexo não me fisgaram, senti falta de intimidade. Terminei o caso. Depois, meu marido passou a me valorizar, embora ele nunca tenha desconfiado de nada." ELAINE*, 35 ANOS, CASADA,
ASSESSORA POLÍTICA, DE SÃO BERNARDO DO CAMPO (SP)
O papel da fantasia
Diversão sem culpa
Sensação de poder
Paixão e divórcio
Fidelidade ao amante
Tudo começa com um olhar sedutor e uma gentileza gratuita, como segurar a porta do elevador para você entrar. Em seguida, vem um elogio. Pode ser sutil, quase inocente. Ou desconcertante. Seja como for, uma boa cantada melhora o astral de qualquer mulher, inclusive das comprometidas. Algumas disfarçam, fingem que nada aconteceu. Outras aproveitam a deixa para viver uma tórrida aventura sexual. "Sentir atração por outro homem, mesmo tendo parceiro, é totalmente natural. A paquera é muito saudável para circular a libido e erotizar a vida. Se, a partir daí, vai acontecer alguma coisa e se isso implicará conflito, depende da mulher e do acordo entre os parceiros", afirma Vera Furia, mestre em psicologia clínica pela PUC-SP e autora do livro Mulher, Arquivo Confidencial (Ed. Arx).
